Embora a produção mundial de veículos tenha recuperado modestamente nos últimos dois anos, ainda está abaixo de 2018, o pico.

De acordo com dados da Organização Internacional dos Construtores de Automóveis (OICA), foram produzidos 85 milhões de veículos a nível mundial em 2022, um aumento de 6% em termos anuais.

Ano após ano, a produção global cresceu de 77,6 milhões de unidades em 2010 para 96,9 milhões de unidades em 2018.

Mas depois veio um declínio acentuado, com este indicador a cair pela primeira vez para 92,2 milhões de veículos em 2019 e 77,7 milhões em 2020, o ano de maior impacto da pandemia de Covid-19.

A recuperação em 2021 permitiu uma produção de 80,2 milhões de veículos, seguida do já referido valor de 85 milhões em 2022.

De acordo com a OPENLANE, a indústria automóvel tem vivido condições de mercado sem precedentes, causadas em parte por problemas na cadeia de abastecimento, escassez de semicondutores e atrasos associados na produção de veículos novos.

Estes factores conduziram a flutuações significativas no valor dos veículos usados e a uma diminuição do volume de veículos no mercado grossista.

A OPENLANE é um mercado digital líder para veículos usados que liga vendedores e compradores na América do Norte e na Europa para facilitar transacções rápidas, simples e transparentes.

Produção global

Além disso, factores macroeconómicos como as pressões inflacionistas, o aumento das taxas de juro, a volatilidade dos preços do petróleo e do gás natural e a diminuição da confiança dos consumidores afectam a acessibilidade e a procura de veículos novos e usados.

A deterioração das condições económicas representa um risco para as operações comerciais e para a estabilidade da indústria automóvel.

Os analistas esperam que a produção global da indústria em 2023 seja ainda ligeiramente inferior aos níveis anteriores à pandemia de 2019.

De toda a produção global de veículos em 2022, a América do Norte tinha uma quota de 17,4 por cento, enquanto a cobertura da Europa era de 19,1 por cento e a da Ásia e Oceânia era de 58,8 por cento.