O governo mexicano aumentou temporariamente as direitos de importação de 392 itens tarifários para uma faixa entre 5 e 25%.
A medida entrou em vigor na quarta-feira e foi publicada no Diário Oficial da Federação (DOF) em 15 de agosto de 2023.
A medida não se aplica a países com os quais o México tem acordos comerciais que envolvem concessões que afectam as tarifas listadas.
Entre os produtos abrangidos estão determinados tecidos, vestuário, fios, diamantes, barras, perfis e tubos de aço, mobiliário metálico, bicicletas, produtos de alumínio, produtos químicos, óleos, instrumentos musicais, sabão, papel, cartão, produtos cerâmicos, vidro e equipamento elétrico.
Em 2021, a estrutura pautal do México continha 7,802 posições pautais (2017 HS 8-digit level lines).
Em geral, o México utiliza tarifas ad valorem, com exceção de 45 posições pautais (0,6% do total).
Destas, 36 posições estão sujeitas a tarifas compostas e 9 a tarifas específicas; ambos os tipos de tarifas continuam a aplicar-se ao mesmo tipo de produtos que em 2016.
Direitos de importação
A média das tarifas NMF aplicadas aumentou de 5,5% em 2016 para 6,7% em 2021.
Este aumento pode dever-se a uma redução do número de posições pautais sujeitas à taxa de 0% e a um aumento do número de posições sujeitas a taxas entre 0 e 15%, bem como a uma redução global do número de posições pautais.
Apesar do aumento da tarifa média, a proteção concedida aos produtos agrícolas (definição da OMC) foi reduzida de 14,3% em 2016 para 13,2% em 2021.
Os produtos não agrícolas, tal como em 2016, estão sujeitos a uma tarifa média inferior à dos produtos agrícolas, que, no entanto, aumentou no período em análise de 4,6 para 5,9 por cento.
No decreto de terça-feira, o Ministério da Economia argumentou que o governo federal tem a obrigação de implementar mecanismos que gerem estabilidade nos setores da indústria nacional e eliminem distorções no comércio, de forma a salvaguardar o equilíbrio do mercado global, de acordo com o direito internacional e os compromissos internacionais.