A utilização global de pesticidas aumentou 62% entre 2000 e 2021, para 3,5 milhões de toneladas em 2021, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
As principais empresas que produzem uma vasta gama de produtos químicos para proteger as culturas agrícolas de pragas, doenças e ervas daninhas em todo o mundo incluem a Bayer Crop Science (Alemanha), a Syngenta (Suíça), a Corteva Agriscience (Estados Unidos), a BASF (Alemanha), a FMC Corporation (Estados Unidos), a Sumitomo Chemical (Japão), a Adama Agricultural Solutions (Israel) e a Nufarm (Austrália).
Quase todo o aumento da utilização de pesticidas ocorreu entre 2000 e 2016, com um pequeno declínio até 2018 e um novo crescimento a partir daí.
As maiores contribuições vieram das Américas, seguidas da Ásia, Europa, África e Oceânia.
A quota das Américas, o maior contribuinte, aumentou de 41 para 50% do consumo global de pesticidas, enquanto a da Ásia e da Europa diminuiu 5-6 pontos percentuais para 28 e 14%, respetivamente.
A África e a Oceânia aplicaram pequenas quantidades de pesticidas ao longo do tempo, mas, apesar disso, a África registou o maior crescimento nas aplicações de pesticidas (+176%).
Utilização global de pesticidas
O Brasil foi o maior usuário de agrotóxicos em 2021, com 0,72 milhão de toneladas, ou 20% do total global, bem à frente dos Estados Unidos da América (0,46 milhão de toneladas) e da Indonésia (0,28 milhão de toneladas).
A utilização global de pesticidas por área de cultivo aumentou 35 % na década de 2000, de 1,5 kg/ha para 2,0 kg/ha; o crescimento abrandou depois para apenas 14 % entre 2010 e 2021, embora com algumas diferenças regionais importantes.
As taxas de aplicação de pesticidas em 2021 foram mais elevadas nas Américas por uma larga margem (4,7 kg/ha), seguidas pela Oceânia, Europa, Ásia e África.
Brasil
Ásia e Europa foram as únicas regiões onde o uso de agrotóxicos por área de cultivo diminuiu entre o início da década de 2010 e 2021.
Entre os principais usuários de pesticidas em 2021 mencionados acima, o Brasil teve o maior uso por área de cultivo (10,9 kg/ha), cerca de quatro vezes o valor dos Estados Unidos da América (2,9 kg/ha) e quase seis vezes o valor da China (1,9 kg/ha).