A Alliance for American Manufacturing (AAM) destacou a expansão automotiva chinesa da BYD, SAIC Motors e CATL.
Fundada em 2007, a AAM é formada por alguns dos principais fabricantes dos EUA e pelo sindicato United Steelworkers.
Expansão automotiva chinesa
A AAM considerou essas três empresas como parte da grande aposta do governo chinês. Mas acrescentou que seu rápido crescimento está ocorrendo sem levar em conta a oferta e a demanda. Nem, em geral, as forças básicas do mercado.
A BYD é uma das maiores empresas automotivas do mundo, com mais de 3 milhões de veículos vendidos em 2023, dos quais 1,6 milhão eram elétricos. Ela está listada em Hong Kong e Shenzhen, com um valor de mercado de mais de US$ 82 bilhões.
A CATL, a principal fabricante de baterias do mundo, lidera o mercado global pelo sétimo ano consecutivo, de acordo com a SNE Research. Em 2023, o consumo de baterias da CATL atingiu 259,7 GWh, um aumento de 40,8% em relação a 2022, alcançando uma participação de mercado de 36,8%, superando seu concorrente mais próximo em 21%.
A SAIC Motor lidera o mercado automotivo na China, com atividades que incluem produção de veículos, componentes, serviços de mobilidade e negócios internacionais.
A AAM alertou o Departamento de Comércio dos EUA sobre a crescente ameaça representada pelos fabricantes chineses apoiados pelo Estado. Embora com importações diretas limitadas da China, o setor automotivo chinês evoluiu significativamente desde a crise financeira de 2009, graças ao apoio do Estado, como isenções fiscais, créditos favoráveis e subsídios. Além disso, as empresas chinesas se beneficiaram de joint ventures e transferências de tecnologia impostas a empresas estrangeiras que buscam entrar no mercado chinês.
Cadeias de suprimentos
A liderança tecnológica da China e suas extensas cadeias de suprimentos, especialmente para matérias-primas e componentes críticos de baterias, são profundas e seguras devido a suas políticas industriais definidas e deliberadas. Pequim priorizou a redução das dependências de outros países, o que, por sua vez, torna o mundo cada vez mais dependente de suas próprias cadeias de suprimentos.
O país se tornou o maior exportador de carros do mundo em 2023, vendendo carros na Europa, Austrália, África, México e Sudeste Asiático, e as montadoras chinesas lideram o mundo na produção e venda de veículos elétricos por amplas margens.