O fim da greve nos portos dos EUA (Costa Leste e Costa do Golfo) tem implicações importantes para o setor.
Se a greve tivesse continuado, as possíveis consequências de longo prazo teriam incluído:
- Mudanças permanentes nas rotas de comércio global, com as empresas reduzindo a dependência dos portos da Costa Leste dos EUA.
- Aumento do investimento em automação nos portos, possivelmente intensificando as disputas trabalhistas.
- Intervenção do governo: o aumento dos danos econômicos poderia pressionar a administração a invocar medidas legais para forçar o retorno ao trabalho.
Mario Veraldo, CEO da MTM Logix, destacou essas consequências e estimou as perdas econômicas decorrentes da greve entre US$ 3,8 bilhões e US$ 5 bilhões por dia.
Greve nos portos dos EUA
A greve nos portos da costa leste e do golfo dos EUA exacerbou significativamente a volatilidade da cadeia de suprimentos global.
Com os principais setores e portos gravemente afetados e rotas alternativas oferecendo alívio limitado, a resolução da greve foi fundamental.
De acordo com Veraldo, seu resultado pode remodelar as relações trabalhistas, as rotas comerciais e as estratégias de logística nos próximos anos.
Implicações futuras
Empresas de vários setores implementaram estratégias para mitigar o impacto da greve:
Os varejistas recorreram ao frete aéreo para mercadorias críticas, apesar dos custos mais altos.
Embora a infraestrutura limitada represente desafios, as empresas de energia estão considerando redirecionar as exportações de petróleo.
Os fabricantes de automóveis ajustaram os cronogramas de produção e exploraram rotas logísticas alternativas.
Aumentos salariais
As negociações foram paralisadas apesar dos esforços de mediação. O Departamento de Transportes dos EUA incentivou os dois lados a voltarem à mesa de negociações. O presidente Joe Biden também pediu uma solução.
No final, cerca de 50.000 trabalhadores das docas conquistaram um aumento salarial de 62% em seis anos.
Logística
Portos como Veracruz e Lazaro Cardenas, no México, registraram um aumento no tráfego à medida que as empresas buscavam rotas alternativas de transporte.
Embora isso tenha representado oportunidades econômicas de curto prazo, houve preocupações com as restrições de infraestrutura que levaram a congestionamentos e custos mais altos.