A participação das exportações chinesas para os Estados Unidos acumulou quatro anos de quedas ano a ano em 2024.
Como resultado, a participação da China no total de compras estrangeiras de produtos no mercado norte-americano caiu para 13,4%, de acordo com dados do Departamento de Comércio.
Outra forma de analisar a sequência: essa participação representa a menor das últimas duas décadas.
Em que ano foi o pico? Em 2017, o ano anterior ao início do segundo mandato presidencial de Donald Trump: subiu para 21,6%.
Exportações chinesas
Em 2024, a China exportou US$ 438,947 bilhões em mercadorias para os Estados Unidos e, por outro lado, suas importações desse país foram de US$ 143,546 bilhões.
Consequentemente, a China teve um superávit de 295,402 milhões de dólares.
A tendência das exportações chinesas para o mercado norte-americano, como proporção do total de importações para os Estados Unidos, é apresentada a seguir:
- 2014: 20.0.
- 2015: 21.6.
- 2016: 21.1.
- 2017: 21.6.
- 2018: 21.2.
- 2019: 18.0.
- 2020: 18.5.
- 2021: 17.8.
- 2022: 16.5.
- 2023: 13.9
- 2024: 13.4.
Tarifas
O Reserve Bank of Australia observou que as barreiras tarifárias às exportações chinesas aumentaram em vários países nos últimos anos.
Em 2018, os EUA impuseram novas tarifas sobre muitas importações chinesas. Isso foi feito em resposta a práticas comerciais que, segundo eles, deram à China uma vantagem injusta. Entre elas, foram citadas violações de direitos de propriedade intelectual e manipulação de moeda.
Mais recentemente, os Estados Unidos, a Europa, o Canadá e outros países denunciaram a concorrência desleal da China. Eles argumentam que a China apoia excessivamente seu setor de manufatura. Para combater isso, eles aplicaram tarifas mais altas e procuram proteger seus setores domésticos.
Até o momento, as novas tarifas se concentraram nos chamados “três novos”: painéis solares, veículos elétricos e baterias. No entanto, elas também afetam as exportações de setores tradicionais, como o aço. Nesse caso, a demanda doméstica chinesa caiu devido à fraqueza persistente em seu setor imobiliário.
Além disso, desde 2022, os EUA restringiram as exportações de equipamentos sensíveis para a fabricação de semicondutores na China.
Em seu segundo mandato, Trump assinou ordens executivas acrescentando uma tarifa adicional de 20% sobre os produtos importados da China.