O Brasil liderou as importações mundiais de herbicidas em 2022, com um aumento de 165% em relação ao ano anterior, para US$ 3,264 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Esse resultado implicou em um recorde para o indicador, após ter crescido a uma taxa anual de 56% em 2021.

Quais foram as origens dessas compras externas? China (2.442 milhões de dólares), Estados Unidos (366 milhões), Índia (122 milhões), Alemanha (87 milhões) e Paraguai (77 milhões).

A competitividade de longa data da agroindústria brasileira e a evolução de sua produção e exportações têm sido apoiadas por investimentos constantes em atividades de pesquisa agrícola, que consolidaram a posição dominante do país como um dos principais produtores e exportadores de produtos agrícolas.

Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que contribuiu com mais de 80% do desempenho positivo.

Por outro lado, o setor agroindustrial diminuiu 1,7% em relação ao ano anterior, afetado principalmente pela menor produtividade agrícola em 2022.

O ambiente macroeconômico negativo no Brasil nos últimos anos deveu-se, em parte, às incertezas econômicas e políticas resultantes de uma queda global nos preços das commodities, aos efeitos da pandemia de Covid-19, bem como às investigações de corrupção de empresas estatais brasileiras e do setor privado, políticos e executivos de negócios, o que, por sua vez, levou ao impeachment e à prisão de vários políticos proeminentes.

Importações de herbicidas

O Brasil também é o maior importador de um conjunto mais amplo de produtos que abrange inseticidas, rodenticidas, fungicidas e herbicidas, com compras externas de US$ 6,864 bilhões em 2022, um aumento de 67% em relação ao ano anterior.

Desse grupo de produtos, seus maiores fornecedores foram a China (2,955 bilhões de dólares), os Estados Unidos (1,242 bilhão), a Índia (678 milhões), Israel (302 milhões) e Cingapura (215 milhões).

Em particular, o Brasil importou inseticidas no valor de 1,966 bilhão de dólares.

A política agrícola do Brasil é baseada em uma abordagem orientada para o mercado; ela atribui grande importância ao crédito rural e ao gerenciamento de riscos com base no seguro rural privado.

De acordo com a definição da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil não forneceu apoio aos produtos agrícolas para sustentar os preços de mercado.