Claudia Sheinbaum e Joe Biden vão governar os seus respectivos países ao mesmo tempo durante 3 meses e 20 dias.

Sheinbaum iniciará o seu mandato como Presidente do México em 1 de outubro e Biden deixará o cargo de Presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2025.

Biden felicitou Sheinbaum pela sua eleição em 3 de julho, depois de esta ter obtido 59% dos votos nas eleições presidenciais de 2 de junho.

Primeira mulher presidente do México

De acordo com uma análise do Congresso norte-americano, os funcionários dos EUA, alguns deputados e alguns senadores manifestaram a sua preocupação relativamente a muitas das reformas constitucionais, em especial as recentemente aprovadas, que incluem a eleição direta dos juízes.

Ao mesmo tempo, segundo a mesma análise, “alguns membros do Congresso dos EUA manifestaram otimismo em relação ao trabalho com a administração Sheinbaum devido às reuniões positivas realizadas até à data”. 

Claudia Sheinbaum e Joe Biden

Claudia Sheinbaum afirmou que irá dar continuidade a várias das principais acções e trabalhos realizados pelo presidente cessante do México, Andrés Manuel López Obrador.

Mas também poderá ter o seu próprio cunho:

• Políticas relacionadas com as energias renováveis.
• Diretrizes com maior consideração pelas partes interessadas em comparação com López Obrador.
• Acções relacionadas com o género, apoiando certas necessidades das mulheres.
• Considerações que tenham mais em conta a investigação, o desenvolvimento e a ciência.
• Acções para reforçar a economia digital.
• Políticas e medidas para tirar partido do nearshoring.

Maioria no Congresso

No seu programa de governo – denominado “100 passos para a transformação” – Sheinbaum propõe uma taxa de crescimento anual do PIB per capita de 2,4%.

Esta é uma das suas declarações nesse documento, relacionada com as empresas IMMEX: 

“Vamos criar centros públicos de educação infantil e vamos dar prioridade às filhas e filhos dos trabalhadores agrícolas e dos trabalhadores das maquilas no norte do país”.

Outra das suas declarações relacionadas com o T-MEC foi proferida em Acapulco, em outubro de 2023:

“O acordo comercial (T-MEC) representa um enorme potencial para a economia mexicana, não só o que representa hoje, mas também . . . no futuro com o nearshoring”.

O MORENA (partido político de Sheinbaum) e os seus aliados conseguiram obter a maioria de dois terços necessária para reformar a Constituição na Câmara dos Deputados. Além disso, ficaram a apenas três lugares de uma maioria qualificada (pelo menos dois terços dos votos) no Senado.