As regulamentações sobre comércio eletrônico apresentam algumas diferenças entre a Aliança do Pacífico e o Acordo de Parceria Transpacífico (TIPAT).
Nesse sentido, o México tem uma visão semelhante entre os capítulos de comércio eletrônico de ambos os acordos comerciais, levando em consideração a natureza progressiva dessas disposições e a necessidade contínua de atualizá-las com base no contexto social que está surgindo no campo do comércio internacional e no uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) nas cadeias de suprimentos globais.
Entretanto, devido aos diferentes períodos em que os dois instrumentos foram assinados, o capítulo sobre comércio eletrônico da TIPAT contém disposições específicas que não estão incluídas no capítulo sobre comércio eletrônico da Aliança do Pacífico.
Essas disposições incluem: Artigo 14.5: Estrutura Nacional para Transações Eletrônicas; Artigo 14.10: Princípios sobre Acesso e Uso da Internet para Comércio Eletrônico; e Artigo 14.12: Taxas de Interconexão da Internet.
Também digno de nota: Artigo 14.16: Cooperação em questões de segurança cibernética; e Artigo 14.17: Código-fonte.
Comércio eletrônico
Por sua vez, há compromissos específicos sobre transparência que estão contemplados no capítulo da Aliança do Pacífico sobre comércio eletrônico (artigo 13.5: Transparência) que não são encontrados no capítulo da TIPAT sobre comércio eletrônico.
Para o governo mexicano, eles representam compromissos inter-relacionados que se complementam sob esse princípio progressivo, que inclusive fazem parte da análise técnica e jurídica para futuras negociações que consolidarão a evolução das disposições sobre comércio eletrônico.
Regionalmente, o comércio eletrônico na América Latina está crescendo rapidamente, embora ainda represente uma pequena fração do mercado total de varejo.
De acordo com a Insider Intelligence, o comércio eletrônico na América Latina crescerá para US$ 167 bilhões até 2022, uma taxa de crescimento de 18,8% em relação a 2021, o que a torna a região de crescimento mais rápido entre as principais regiões do mundo.
Ao mesmo tempo, ele representa apenas cerca de 12,4% de todas as vendas totais no varejo na América Latina, um atraso de quatro anos em comparação com a atual penetração global do comércio eletrônico de 19,7%, o que representa uma enorme oportunidade e um caminho para o crescimento à medida que mais vendas se tornam on-line.
De acordo com a VTEX, essa mudança nas vendas on-line reflete o crescimento esperado do público digital de uma classe média em expansão e as inovações em andamento nos sistemas de pagamento e logística do comércio eletrônico na região.
A Insider Intelligence estima que o mercado de comércio eletrônico na América Latina crescerá para US$ 257,3 bilhões até 2026.