O Inegi divulgou nesta quinta-feira as estatísticas sobre o comércio exterior do México no primeiro semestre de 2023, com um déficit de 6.344 milhões de dólares.
Por um lado, as exportações mexicanas totalizaram 291.968,5 milhões de dólares, um aumento de 3,9% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, as importações para o México totalizaram 298.312,3 milhões de dólares, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior.
O que se destaca no contexto desses dados? A guerra comercial entre os EUA e a China, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a valorização do peso em relação ao dólar e o aumento da taxa de juros de curto prazo do Federal Reserve de 5,1% para 5,3%, o nível mais alto desde 2001.
Comércio exterior
No primeiro semestre deste ano, as exportações de petróleo do México caíram 23,4% em relação ao ano anterior, totalizando 15.761,7 milhões de dólares. Em contraste, as exportações não petrolíferas registraram um aumento de 6,1%, alcançando 276.206,8 milhões de dólares.
Entre as exportações não petrolíferas, os dados foram os seguintes: as exportações extrativas somaram 4.989,5 milhões de dólares, com um crescimento de 9,1%; as exportações agrícolas totalizaram 12.324,7 milhões de dólares, com alta de 4,3%; e as exportações de manufaturados atingiram 258.892,5 milhões de dólares, um aumento de 6,1%.
No comércio exterior, destacou-se a decisão de 11 de janeiro de 2023 referente ao painel que avaliou uma disputa entre México, Canadá e Estados Unidos no âmbito do T-MEC. O painel rejeitou a interpretação dos EUA sobre o cálculo do conteúdo de valor regional de veículos. Segundo a decisão, o conteúdo de valor regional de um veículo não deve ser baseado na porcentagem individual de cada peça que atenda aos requisitos regionais.
T-MEC
O painel determinou que as peças essenciais que atendem à porcentagem mínima de conteúdo regional estipulada pelo T-MEC devem ser consideradas totalmente «originárias da região». Isso facilita o cálculo do conteúdo regional do veículo como um todo.
Outro acontecimento relevante ocorreu em meados de julho, quando foi assinada a adesão do Reino Unido ao Acordo de Parceria Transpacífico (AAPPT).
Com isso, o bloco comercial se expandirá para a Europa e, pela primeira vez, terá um novo membro não fundador.
O AAPPT é um acordo de livre comércio entre Austrália, Brunei, Chile, Canadá, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.