22 de Fevereiro de 2025

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Comércio global de produtos falsificados: tendência

2 febrero, 2025
Portugués
Comércio global de produtos falsificados: tendência

O comércio global de produtos falsificados continua sendo uma tendência crescente que preocupa as empresas com marcas internacionais.

Tanto o Anti-Counterfeiting Group (ACG) quanto o US Customs and Border Protection (CBP) têm números detalhados sobre o problema.

O ACG, com sede no Reino Unido, é uma das principais organizações de combate à falsificação. Ela representa 3.000 marcas em 130 países e tem um Coordenador de Inteligência que é fundamental para a luta global contra esse crime.

Comércio global de produtos falsificados

Os avanços tecnológicos transformaram a comunicação, o comércio eletrônico e a logística, criando oportunidades legítimas. No entanto, eles também permitiram que os criminosos explorassem as lacunas entre os sistemas legais e o mercado, afetando os direitos de propriedade intelectual.

A pesquisa da Corsearch estima que o comércio global de produtos falsificados chegará a US$ 1,79 trilhão até 2030, 75% a mais do que em 2023. Isso representaria 3,6 vezes o crescimento da economia global no mesmo período.

De acordo com o CBP, o comércio eletrônico impulsionou a chegada de pacotes pequenos e de baixo valor aos Estados Unidos. Mais de 90% das apreensões de produtos falsificados ocorrem em remessas postais e de correio expresso. Esses produtos apresentam riscos semelhantes aos de grandes remessas em contêineres.

Em 2019, o comércio de produtos falsificados e pirateados foi responsável por US$ 464 bilhões, o equivalente a 2,5% do comércio global. A lei dos EUA proíbe a importação de mercadorias que violem os direitos de propriedade intelectual. Em 2023, o CBP apreendeu mercadorias falsificadas no valor de US$ 2,8 bilhões, principalmente em remessas de baixo valor isentas de tarifas de acordo com a Seção 321 da Lei Tarifária de 1930. A China foi a principal fonte de apreensões.

Ações governamentais

O ACG pediu ao USTR que reconhecesse os esforços em andamento, mas também que pressionasse a China a fazer progressos concretos com novas medidas. É fundamental que os examinadores rejeitem marcas de má-fé, usando a autoridade ex officio como a primeira linha de defesa.

Além disso, a China deve aplicar uniformemente as regras de exame, oposição e invalidação, considerando seu uso de centros de exame via satélite. Também deve avaliar a criação de uma autoridade estratégica para coordenar seus recursos e fortalecer a proteção da PI em nível global.