O Departamento de Comércio informou na quarta-feira que houve um déficit comercial recorde dos EUA com o México em 2024.
Esse saldo negativo foi de 171,809 bilhões de dólares, o que representa 12,7% a mais do que o saldo negativo em 2023.
O valor resultou de importações dos EUA do México de US$ 505,851 bilhões e exportações dos EUA para o México de US$ 334,041 bilhões.
Déficit comercial dos EUA com o México
O México foi classificado em 2024 como o principal parceiro comercial dos EUA, com o comércio bilateral de mercadorias totalizando US$ 839,9 bilhões.
O México também foi o principal fornecedor externo de mercadorias para o mercado dos EUA. Nos fluxos comerciais inversos, o México foi o segundo maior destino das exportações dos EUA, atrás do Canadá.
Globalmente, os Estados Unidos são o maior importador e o segundo maior exportador de mercadorias, perdendo apenas para a China.
O déficit comercial geral dos EUA reflete o fato de que os Estados Unidos consomem mais do que produzem e importam mais do que exportam.
Donald Trump continua sendo um forte crítico do déficit comercial dos EUA. Tanto em seu atual mandato como presidente quanto em seu primeiro.
A principal causa desse déficit é a baixa taxa de poupança doméstica das famílias, das empresas e do governo, em comparação com suas necessidades de investimento. Para equilibrar esse déficit, o país depende de financiamento externo de nações com maior poupança, como a China.
Ponto de virada
O governo mexicano busca se aliar aos importadores dos Estados Unidos e do Canadá para preservar os benefícios do T-MEC. Para isso, o Ministério da Economia estabeleceu uma “sala paralela” para consultas com o setor privado.
Esse mecanismo inclui reuniões regulares com funcionários e representantes do Conselho de Coordenação de Negócios (CCE). O objetivo é definir a posição do México em setores-chave, como energia, automotivo e agricultura.
Em 20 de janeiro de 2025, Trump instruiu os secretários de Comércio e Segurança Interna a avaliar a migração ilegal e o tráfico de fentanil do México. Além disso, solicitou recomendações sobre medidas de comércio e segurança até 1º de abril de 2025.
Ele também alertou que poderia aplicar uma tarifa geral de 25% sobre todas as importações mexicanas a partir de 1º de fevereiro de 2025, embora tenha previsto uma prorrogação de um mês. No entanto, essa medida poderia violar o T-MEC, o que permitiria ao México entrar com uma disputa comercial. Ela também poderia violar as regras da OMC.