A fábrica da Embraer em Chihuahua, no México, opera com mais de 1.000 trabalhadores para fabricar revestimentos internos para as aeronaves da empresa brasileira, disse Francisco Gomes, diretor geral da Embraer.
Globalmente, a Embraer tem 19.000 funcionários e um quinto deles são engenheiros.
Gomes informou que há uma frota de 100 aeronaves da Embraer voando no México. Dessas, mais de 50 são aeronaves executivas, três pertencem à Força Aérea Mexicana e as demais são aeronaves comerciais.
Fábrica da Embraer em Chihuahua
“A Embraer tem um portfólio de produtos que é feito sob medida para desenvolver mais negócios e colaboração com o México”, disse Gomes ao participar do Fórum Empresarial México-Brasil na Cidade do México na segunda-feira.
Uma subsidiária dessa empresa, a EZ Air Interior Limited, opera a fábrica da Embraer em Chihuahua. Ela produz peças de interior para seu segmento de Aviação Comercial. A fábrica iniciou a produção e o envio de peças para o Brasil em 2013. Ela atingiu sua capacidade total de produção em janeiro de 2015.
A Embraer está posicionada como a principal fabricante mundial de aeronaves de até 150 assentos. Ela encontra uma de suas principais oportunidades na substituição direta de seus produtos. Em particular, esse é o caso em regiões onde suas aeronaves são bem vistas, como a América do Norte e a Europa.
Além disso, mercados específicos, como Índia, Brasil, Turquia e Arábia Saudita, apresentam grande potencial. Isso se deve ao crescente desenvolvimento da aviação regional.
Por outro lado, o segmento de aeronaves com menos de 150 assentos está experimentando um crescimento global. O motivo? Há uma necessidade de ajustar o tamanho das frotas das companhias aéreas.
Em 2023, a empresa teve uma receita de US$ 5,3 bilhões, dos quais 93,5% foram denominados em dólares americanos.
Setor aeroespacial
Em 20 de março, foi realizada uma cerimônia na Base Aérea Militar nº 1 de Santa Lúcia. Nesse evento, o Brasil foi aceito como “convidado de honra” da Feira Aeroespacial do México (Famex) 2025. Essa participação destacada do Brasil na feira abrirá oportunidades para intensificar a cooperação nos setores aeronáutico, espacial e de defesa.
Além disso, busca avançar em uma parceria estratégica entre o México e o Brasil. Esse esforço visa consolidar a soberania e a autonomia do setor aeroespacial. A então ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, destacou a importância dessa colaboração para o desenvolvimento de ambos os países.