A indústria global de mineração registrou um crescimento de 1% em 2022, de acordo com o índice de volume físico de produção, indicado pela Câmara de Mineração do México (Camimex).
No caso da indústria global de minerais metálicos, o crescimento foi de 1,8%, enquanto os minerais não metálicos registraram uma queda de 1,3%.
Os preços dos metais registraram uma queda em 2022, principalmente no caso dos metais preciosos, com uma redução de 2,4%, e em menor escala no caso dos metais básicos, com uma taxa de 1,2%.
Embora os preços dos metais tenham começado o ano com uma tendência positiva, no final do primeiro trimestre, fatores combinados reverteram essa tendência e eles não se recuperaram até os últimos meses do ano.
Esses fatores foram os confinamentos em Xangai, na China, devido aos casos de Covid-19; o aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA para tentar conter a inflação; e a guerra na Europa.
No final do ano, o governo chinês encerrou sua política de Covid-19 zero, e as expectativas de inflação melhoraram gradualmente.
Indústria global de mineração
Nesse cenário, o investimento global em exploração mineral manteve sua recuperação em 2022, atingindo US$ 13 bilhões, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Os recursos de exploração continuam a ser amplamente impulsionados pelo ouro e, cada vez mais, pelos chamados metais verdes, que são aqueles ligados à transição energética, especialmente cobre, níquel e lítio.
A recuperação da pandemia da Covid-19, que começou em meados de 2020 e continuou até 2021, foi sustentada nos primeiros meses de 2022, com preços fortes dos metais e condições de financiamento adequadas.
Isso incentivou o trabalho de exploração, principalmente por parte das empresas juniores, que responderam por 43% do orçamento de exploração, um nível muito semelhante ao das grandes empresas (45%).
Esses orçamentos foram complementados pelos de empresas de médio porte (9%) e governos (3%).
À medida que o ano avançava, o otimismo foi diluído pelas questões mencionadas acima, e espera-se que os resultados de 2023 sejam diferentes.
Por metais, o ouro foi o principal destino dos gastos com exploração, com um total de 6,92 bilhões de dólares, seguido pelo cobre, com 2,79 bilhões de dólares; esses dois metais foram responsáveis por quase 75% do total.
Em seguida, em ordem de importância, vieram a prata, com um orçamento de US$ 628 milhões, o níquel, com US$ 612 milhões, e o lítio, com US$ 467 milhões.