O governo chinês destacou os casos da Tesla e da BASF como exemplos de investimentos de empresas na China, em um relatório apresentado à Organização Mundial do Comércio (OMC).
No primeiro caso, a fábrica da Tesla em Xangai entregou 947.000 veículos em 2023, mais da metade de sua capacidade de produção global.
Para fins de ponderação: a produção global da Tesla passou de 510.000 unidades em 2020 para 1 milhão e 845.000 unidades em 2023.
Investimentos da empresa na China
Em seu relatório de 2023, a Tesla destacou seu foco no aumento da produção de veículos. Além disso, a empresa se concentrou em melhorar a capacidade de fabricação e os recursos de entrega. Outra de suas metas era reduzir os custos operacionais. Além disso, a Tesla planeja continuar a desenvolver e aprimorar seus veículos e tecnologias de bateria. Por fim, a empresa busca integrar verticalmente e localizar sua cadeia de suprimentos.
A produção global da Tesla, em milhares de unidades, é mostrada abaixo:
- 2020: 510.
- 2021: 930.
- 2022: 1,370.
- 2023: 1,846.
Investimentos e mercado
No mesmo relatório para a OMC, o governo chinês informou que a BASF investiu mais de 13 bilhões de euros na China.
Para a BAF, o mercado asiático desempenhará um papel fundamental em seu crescimento futuro. Com uma participação de cerca de 50%, a China já é, de longe, o maior mercado de produtos químicos do mundo e é um dos principais impulsionadores do crescimento da produção global de produtos químicos.
A BASF tem uma forte base de produção, vendas e inovação na Ásia e, em particular, na China, que planeja expandir ainda mais.
Em 2023, a BASF concluiu o projeto de expansão adicional da fábrica de Verbund em Nanjing, China, juntamente com sua parceira Sinopec, para fortalecer a produção conjunta de produtos químicos na China.
A seguir, a tendência global de gastos de capital da BASF, em milhões de euros:
- 2020: 3,900.
- 2021: 2,400.
- 2022: 4,100.
- 2023: 5,200.
Em 2023, 54.000 novas empresas com investimento estrangeiro foram estabelecidas na China, um aumento de quase 40% em relação ao ano anterior.
De acordo com o Relatório de Investimento Mundial da UNCTAD, a China foi o segundo maior receptor de IED globalmente em 2023. Por outro lado, o Kearney Foreign Direct Investment Confidence Index 2024 classifica a China em terceiro lugar no mundo. Ela também está em primeiro lugar entre os mercados emergentes.
Economia planejada
De acordo com o Fidelity Salem Street Trust, a economia da China passou por uma transformação significativa. Ela passou de uma economia rigidamente planejada e dirigida pelo Estado para uma economia que, embora parcialmente reformada, continua a adotar políticas mais orientadas para o mercado.
Apesar das reformas econômicas implementadas pelo governo chinês, como a redução da propriedade estatal das empresas e o estabelecimento de melhores práticas de governança corporativa, uma parte considerável dos ativos produtivos da China continua sob propriedade ou controle do governo.