Em 2022, o Japão juntou-se a 13 outros países como parceiro de negociação inaugural na iniciativa do Quadro Económico para a Prosperidade do Indo-Pacífico (IPEF), liderada pelos EUA.

De acordo com uma análise do Congresso dos EUA, este acordo económico abrange questões comerciais seleccionadas, como o comércio digital, a facilitação do comércio, o trabalho e o ambiente, mas não a liberalização pautal ou outras disposições de acesso ao mercado.

O IPEF também aborda questões que normalmente não são tratadas nos ACL, como a resiliência da cadeia de abastecimento.

Em maio de 2023, os parceiros do IPEF anunciaram a «conclusão substancial» de um acordo sobre a cadeia de abastecimento e publicaram o texto em setembro.

O IPEF parece ser a resposta da administração Biden às preocupações de que os EUA não tinham uma agenda comercial robusta na região após a retirada dos EUA do Acordo de Parceria Transpacífico (TPP) proposto em 2017.

Alguns membros do Congresso dos EUA e parceiros como o Japão apelaram a que os Estados Unidos considerassem a possibilidade de aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (AAPPT), que o Japão ajudou a formar após a retirada dos EUA.

IPEF

A administração Biden está a desenvolver outros compromissos económicos bilaterais com o Japão, incluindo um grupo de trabalho sobre a promoção dos direitos humanos e das normas internacionais do trabalho nas cadeias de abastecimento, criado no início de 2023.

Na sua primeira reunião «Económica 2+2», em julho de 2022, os funcionários dos EUA e do Japão salientaram as prioridades partilhadas e a necessidade de tornar as suas economias mais competitivas e resilientes num contexto de riscos e incertezas económicas mundiais.

De acordo com a mesma análise, o governo e as empresas japonesas também estão preocupados com os novos requisitos de localização e de fornecimento de minerais para os créditos fiscais de veículos eléctricos ao abrigo do P.L. 117-169, vulgarmente conhecido como a Lei de Redução da Inflação de 2022 (IRA).

Em março de 2023, os Estados Unidos e o Japão assinaram um acordo sobre minerais críticos que, segundo a Administração, qualificará o Japão como parceiro de ACL para efeitos de cumprimento desses requisitos.

Alguns membros do Congresso criticaram a falta de envolvimento do Congresso no acordo e a designação do Japão como parceiro de ACL.