Entre 2020 e 2022, os cinco principais produtos exportados pela América Latina e Caribe (ALC) para a China (soja, cobre e minério de ferro, petróleo e catodos de cobre) representaram 67% do total das exportações da região para a China.
De acordo com a CEPAL, todos os países da região exportam significativamente menos produtos para a China do que para os Estados Unidos, a União Europeia e o próprio mercado regional.
O país que exporta a maior variedade de produtos para a China é o Brasil, seguido a uma grande distância pela Argentina, Chile e México.
Devido à sua composição, as exportações para a China têm uma pegada ambiental maior por dólar exportado do que as exportações para outros mercados, o que se reflecte nas suas emissões líquidas de gases com efeito de estufa e na intensidade do uso de água.
Produtos exportados
Entre 2000 e 2022, 93% das exportações da região para a China vieram da América do Sul; três países (Brasil, Chile e Peru) foram responsáveis por 82% dos embarques.
Seis por cento vieram do México, enquanto as Caraíbas e a América Central tiveram quotas inferiores a 1%.
Na região, o México é o principal importador da China, com 38% do total.
Os países da América do Sul representam 52%, seguidos da América Central (7%) e das Caraíbas (3%).
Com exceção do Brasil, do Chile e do Peru, a região e as suas várias sub-regiões apresentam um défice comercial persistente com a China.
O défice do México destaca-se pela sua grande dimensão e trajetória crescente.
O México tem um perfil de produção e exportação semelhante ao da China, pelo que concorre num vasto leque de segmentos industriais.
A CEPAL também informa que a China é um dos dois principais mercados de exportação para 10 países da região, a maioria deles sul-americanos.
No triénio 2020-2022, representará uma média de 30-37% do total das exportações de bens do Brasil, Chile e Peru.
Em contrapartida, continua a ocupar posições secundárias como destino das expedições da América Central (exceto Panamá) e das Caraíbas.
Por outro lado, a China está entre os três principais fornecedores de 26 países da região.