A Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que sua perspectiva para o comércio mundial é de uma queda de 0,2% em 2025 e um crescimento de 2,6% em 2026, em termos de volume.
Para obter essa projeção, a OMC calculou a média de suas previsões de exportações e importações.
Perspectivas do comércio mundial
Em 2023, o comércio mundial teve um peso significativo na economia global. De acordo com dados do Banco Mundial, ele foi responsável por cerca de 58,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Por outro lado, a maioria das mercadorias comercializadas atravessa os oceanos. De fato, cerca de 90% do transporte de mercadorias é feito por via marítima.
Esta é a perspectiva para o comércio mundial, em porcentagem de crescimento ano a ano:
- 2018: 3,2.
- 2019: 0,4.
- 2020: -5,0.
- 2021: 9,6.
- 2022: 3,0.
- 2023: -1,0.
- 2024: 2,9.
- 2025: -0,2.
- 2026: 2,5.
Afetados por tarifas
No início de 2025, a OMC projetou um crescimento sustentado no comércio mundial. Esperava-se que o comércio de mercadorias aumentasse gradualmente, de acordo com o PIB.
Entretanto, desde janeiro, novas medidas tarifárias foram anunciadas. Isso forçou os economistas da OMC a ajustar suas previsões. Como resultado, eles reduziram significativamente a perspectiva do comércio de mercadorias.
Os principais riscos incluem a possível reintrodução de tarifas recíprocas pelos Estados Unidos e a repercussão da incerteza comercial em outras relações internacionais.
Se implementadas, as tarifas poderiam reduzir o crescimento do comércio mundial de mercadorias em 0,6 ponto percentual em 2025, enquanto a incerteza o reduziria em mais 0,8 ponto percentual. No total, o impacto combinado seria uma queda de 1,5% no comércio mundial naquele ano.
Em 2024, o comércio mundial teve um ano forte. O comércio de mercadorias cresceu 2,9% e o comércio de serviços comerciais 6,8%, superando o crescimento do PIB global de 2,8%.
Foi a primeira vez desde 2017, excluindo a pandemia, que o comércio de mercadorias cresceu mais rápido do que a produção.
As exportações mundiais de mercadorias aumentaram 2%, chegando a US$ 24,43 trilhões. A China foi o maior exportador, enquanto os Estados Unidos lideraram as importações.