O governo mexicano planeja aumentar o conteúdo doméstico em 15% por meio da substituição de importações automotivas.
Esse objetivo deve ser alcançado por meio da substituição de importações de componentes eletrônicos para veículos, da expansão da produção de autopeças de alumínio e do desenvolvimento da produção de células de bateria para veículos elétricos.
Substituição de importações automotivas
De janeiro a outubro de 2024, o México importou autopeças com um valor alfandegário de 58,428 bilhões de dólares, de acordo com dados da Indústria Nacional de Autopeças (INA).
Estas foram as principais fontes de origem dessas importações:
- Estados Unidos: 52,3%.
- China: 14%.
- Japão: 6,2%.
- Outros: 27,4%.
Por outro lado, durante os mesmos 10 meses, as exportações de autopeças do México totalizaram US$ 90,9 bilhões.
Como resultado, o México registrou um superávit de US$ 32,472 bilhões no comércio de peças automotivas.
Plano México
O setor automotivo do México é altamente competitivo em escala global. Para o país, ele representa seu setor mais bem integrado e mais moderno. Ao mesmo tempo, o México desenvolveu uma base de produção de autopeças de alta qualidade. Mas o país também depende de importações para produzir veículos automotores.
Um pouco de contexto: com a chegada do presidente Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pela segunda vez em 20 de janeiro, o México enfrenta o desafio de evitar a imposição de tarifas sobre as importações de mercadorias dos EUA.
Trump anunciou um plano para impor uma tarifa de 25% sobre as compras de produtos de origem mexicana se as exigências dos EUA em relação à imigração e à luta contra o tráfico de drogas não forem atendidas.
Por sua vez, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum apresentou na segunda-feira o Plano México, com o qual busca atrair investimentos de US$ 277 bilhões, posicionando o país entre as dez maiores economias do mundo.