Os Estados Unidos e o Brasil representam dois dos maiores mercados do mundo para vendas de insumos agrícolas.
No total, o mercado de insumos agrícolas dessas duas nações ultrapassou US$ 110 bilhões em 2023. Além disso, esse valor é quase igualmente distribuído entre as duas economias.
Observação: o valor representa as vendas totais do mercado de sementes, fertilizantes e produtos fitossanitários.
Vendas de insumos agrícolas
Se as vendas para o Canadá e a Austrália forem somadas, o valor chega a US$ 130 bilhões.
Por região, esse volume de vendas foi distribuído da seguinte forma, de acordo com dados das seguintes fontes: USDA, StatsCan, ABARES, Conab, IMEA, AgbioInvestor e Nutrien:
- Estados Unidos: 43%.
- Brasil: 42%.
- Austrália: 10%.
- Canadá: 5%.
Do ponto de vista da Nutrien, as questões climáticas e geopolíticas continuarão a afetar a produção de cereais e oleaginosas, as exportações e os níveis de estoque.
Os preços das safras caíram em relação aos níveis historicamente altos em 2022, mas os preços mais baixos dos insumos agrícolas levaram a uma maior demanda, evidenciada pela forte temporada de aplicação de outono na América do Norte em 2023.
As vendas de insumos agrícolas por tipo são apresentadas a seguir:
- Sementes: 22%.
- Nutrientes: 49%.
- Proteção: 29%.
Perspectivas
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê uma ligeira queda na produção mundial de grãos grossos para o ano comercial de 2024/25, estimada em 1,5 bilhão de toneladas. Esse declínio se deve a vários fatores que afetam a produção global.
Quanto às perspectivas para os grãos grossos estrangeiros, as projeções de novembro do ano passado indicam um aumento na produção, embora com uma queda no comércio e uma redução nos estoques finais em comparação com o mês anterior.
Espera-se que a produção estrangeira de milho seja maior, com aumentos em países como Uganda, Malaui, Belarus, Moçambique, Quênia e Camarões. Entretanto, esses aumentos serão parcialmente compensados por quedas em países como México, Turquia e União Europeia. No México, a redução na produção se deve às expectativas de uma área menor de milho de inverno.
Com relação à cevada, a produção estrangeira sofrerá uma redução, principalmente devido a uma queda na Rússia, embora esse declínio seja parcialmente compensado por um aumento no Cazaquistão.
Em termos de comércio mundial, projeta-se que as exportações de milho diminuam para o Brasil e a África do Sul, enquanto a Birmânia e Uganda registrarão aumentos. As importações de milho também diminuirão na China e no Malaui, mas aumentarão no México, Vietnã, Turquia e Peru. Por fim, espera-se que as exportações de cevada caiam para a Rússia.