O volume do comércio mundial de mercadorias cresceu 1% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o quarto trimestre de 2023, informou a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Este indicador é medido pela média das importações e exportações mundiais.
As estatísticas preliminares para o primeiro trimestre de 2024 mostram uma recuperação do volume do comércio mundial de mercadorias, com o referido resultado equivalente a um aumento anualizado de 3,9%.
Este crescimento está globalmente em conformidade com as actuais previsões comerciais da OMC.
Enquanto as exportações e importações europeias se mantiveram fracas, o comércio noutras regiões cresceu mais fortemente.
De um modo geral, o comércio tem-se mantido notavelmente resistente, apesar das crescentes tensões comerciais a nível mundial.
Volume do comércio mundial
A OMC prevê que as importações e exportações médias recuperem gradualmente nos próximos dois anos, após um declínio maior do que o previsto em 2023, impulsionado pelos efeitos persistentes dos elevados preços da energia e da inflação.
De acordo com a última previsão da OMC, de 10 de abril de 2024, o volume do comércio mundial de mercadorias aumentará 2,6% em 2024 e 3,3% em 2025, após uma contração de 1,2% em 2023.
As perspetivas para o comércio de serviços comerciais também são positivas, especialmente para o comércio de serviços prestados por via digital, cujo valor aumentou 51% entre 2019 e 2023.
A economia mundial continuou a recuperar gradualmente durante o período de análise.
PIB
A produção cresceu a um ritmo moderado nas principais economias do mundo no primeiro trimestre.
O crescimento trimestral anualizado do PIB nos Estados Unidos abrandou para 1,3% no 1.º trimestre de 2024, face a 3,4% no 4.º trimestre de 2023, mas manteve-se positivo.
O crescimento do PIB na área do euro recuperou para 1,3% no 1.º trimestre de 2024, face a 0,0% no 4.º trimestre de 2023, enquanto o crescimento na China acelerou para 6,6%, face a 4,9%.
A inflação mais baixa nas economias avançadas deverá permitir que os bancos centrais reduzam as taxas de juro ao longo do tempo, impulsionando o consumo e a procura de importações.